Adélio Mendes e a sua patente de 5 milhões de euros

A patente mais cara vendida em Portugal pertence a Adélio Mendes, patente que possibilita a conversão direta da luz solar em energia elétrica, de forma renovável e sustentável, algo muito desejado e que promete revolucionar o mercado de eletricidade.

O baixo custo de produção juntamente com a alta eficiência e durabilidade são algumas das vantagens fáceis de compreender, já que o caminho até aqui percorrido não foi nada fácil, e muitos que tentaram, falharam.

Na realidade, Adélio Mendes pouco sabia sobre células fotovoltaicas quando começou a trabalhar nesta investigação. Embora lhe faltassem competências na parte fotoeletroquímica, o investigador conseguia perceber um outro lado deste problema, que se prendia com a selagem das células. A junção desta noção com um momento de inspiração, chegaram para o sucesso e a sua patente já foi vendida, por 5 milhões de euros, à Dyesol, uma empresa australiana líder nas energias sustentáveis.

Com 53 anos o investigador já tem mais de 20 patentes, entre elas uma desconhecida pela maioria dos portugueses e que tanto é consumida – a cerveja sem álcool da Super Bock.
Já o tinha tentado fazer anteriormente na Alemanha, onde foi recusada, aquando do seu pós-doutoramento, pelo seu orientador.
Voltando a Portugal, foi bater à porta da UNICER e os resultados falam pelos números. Em apenas um mês a cerveja vendeu mais de um milhão de litros.

Das brincadeiras com os legos aos reatores abertos.

Desde criança que brincava com legos e se divertia a construir gruas e tanques de guerra. Do lego não demorou muito a passar para a primeira criação mais séria – um aeromodelo equipado com um motor elétrico.

Com 12 anos já dava os primeiros passos na química. Queria desenvolver um motor de explosão ao qual o pai se impôs. Em alternativa, produziu hidrogénio e oxigénio para fazer a combustão num reator aberto. Os estragos que se seguiram a isto, deram o primeiro entendimento sobre a reação caótica entre estes dois gases.

Este investigador doutorado pela universidade do Porto, conta com um enorme currículo, com projetos relacionados com células fotovoltaicas, purificação 70% mais barata de hidrogénio, a criação de um novo tipo de tinta aquosa para a empresa CIN, separação de gases por adsorção e por membranas, preparação e caracterização de membranas de peneiro molecular de carbono, células de combustível, células solares sensibilizadas com corante, reatores catalíticos de membrana e reformação com vapor de metanol.

Tendo já ganho inúmeros prémios internacionais pelas suas investigações, ao fim de 25 anos e se tudo continuar como até aqui, promete continuar a fazer o que gosta e a inspirar os que o acompanham.

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